Numa época que celebra o espírito festivo e a união familiar, as tradições gastronómicas desempenham um papel fundamental.
Em Portugal, especialmente durante a temporada natalícia, preparar sonhos e filhós é uma prática enraizada que vai além da simples confeção de doces, é uma expressão de carinho, partilha e cultura.
Os sonhos, pequenas porções de massa frita e polvilhadas com açúcar e canela, tornaram-se um clássico nas mesas de Natal. A textura fofa e sabor delicadamente doce trazem conforto e alegria, conquistando paladares de todas as idades.
Também as filhós se apresentam como uma alternativa deliciosa. Com formas e variações regionais, as filhós podem ser fritas ou assadas, finas ou mais espessas, simples ou recheadas.
O ato de preparar sonhos e filhós muitas vezes torna-se uma atividade familiar, envolvendo várias gerações na cozinha. As mãos que moldam a massa e fritam os doces contam histórias de tradições passadas, transmitindo saberes e sabores aos mais jovens.
À medida que o aroma irresistível de óleo quente e doces a cozer envolve a casa, a expectativa e a ansiedade pelo primeiro sabor aumentam. Os sonhos e filhós são frequentemente saboreados ao lanche ou como sobremesa, acompanhados por uma chávena de café ou por um cálice de vinho do Porto.
Assim, a tradição de preparar sonhos e filhós não é apenas sobre criar iguarias doces, é sobre criar laços familiares, preservar a cultura e trazer a doçura característica do Natal português para a mesa festiva.