Em Tomar, a expressão “Beija-me Depressa” não é apenas uma demonstração de afeto, é também o nome de um doce conventual que evoca tradição e sabor.
Este tesouro gastronómico tem raízes profundas nas cozinhas dos antigos conventos portugueses, onde as freiras habilidosas criaram receitas deliciosas, preservadas e passadas de geração em geração.
A doçaria tomarense é uma verdadeira celebração de sabores e texturas que nos transportam de volta no tempo.
A receita do “Beija-me Depressa” é uma prova de como os doces conventuais têm o poder de encantar o paladar com a simplicidade dos ingredientes.
Este pequeno mimo é um beijo feito de doce de ovos, envolto em açúcar de pasteleiro. O resultado é uma explosão de doçura, textura macia e um sabor sublime que cativa qualquer amante de doces.
Ingredientes
- 225g de açúcar
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 12 gemas
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada
- Água q.b.
- Óleo para untar
- Açúcar de confeiteiro para polvilhar
Preparação do doce
- Comece por levar ao lume brando o açúcar com água, o suficiente para cobri-lo, e deixe ferver até que a calda atinja o ponto de pérola. Isso acontece quando a calda escorre da colher, formando um fio cuja extremidade é semelhante a uma pérola.
- Retire do lume e misture imediatamente a manteiga na calda, deixando-a amornar.
- Adicione as gemas, uma a uma, mexendo bem a cada adição. Em seguida, coloque a farinha de trigo aos poucos, misturando bem.
- Leve a mistura doce novamente a lume brando até obter o ponto de estrada. O ponto de estrada é atingido quando, ao passar uma colher de madeira na panela, o fundo se torna visível, formando uma estrada.
- Coloque a massa obtida numa travessa previamente untada com óleo e deixe-a repousar de um dia para o outro.
- No dia seguinte, forme pequenas bolinhas com a massa, polvilhe-as generosamente com açúcar de confeiteiro e coloque-as em forminhas de papel.
O resultado será uma doçura que derrete na boca, uma homenagem às tradições gastronómicas de Portugal.
“Beija-me Depressa” é um doce que celebra o passado e encanta o presente, e que convida a saborear um beijo doce da história.